quarta-feira, novembro 29, 2006
MIL CORES
Certo é que o frio nos invade o corpo, mas os olhos da alma aquecem quando confrontados com paletas como esta.
E o trânsito passa por nós...todos regressam a casa, e ninguém rouba um pedacinho de céu para aperitivo. Certamente lhes saberia melhor que um bom Porto, é a cidade robot que temos aqui!
MENSAGEIRO DA MARGINAL
E o anjo está ali, prestes a receber as mensagens com os desejos de tantas pessoas que lhe depositam aos pés velas que o iluminam de noite e de dia.
Chamaram-lhe mensageiro, e já que a sua posição é de destaque...porque não deixarmos um papelinho com uma mensagem?
Que todos os nossos desejos se realizem!
ONDAS OU NUVENS
domingo, novembro 26, 2006
PASSAGENS
ENCHER
quinta-feira, novembro 23, 2006
CIRCULOS PERFEITOS
Alguém já cantou em nota de bossa nova, com um suster de lágrimas "se algumas vidas formam um círculo perfeito, outras assumem formas que nem sempre podemos prever ou entender."? Terá sido algum rocker que se tornou pianista emocionado e fervoroso, capaz de traduzir em notas de música simplesmente letras infinitas e conjugações eternas?
quarta-feira, novembro 22, 2006
ENSURDECER
segunda-feira, novembro 20, 2006
NÃO ME APONTES NADA
ELEVA-ME
Lisboa - Baixa - Bienal Luzboa - Elevador de Santa Justa.
PICAR O CEU
quinta-feira, novembro 16, 2006
AS NOSSAS IMAGENS
Todas olhadas através de um vidro, não as podemos tocar, nao podemos falar com elas... apenas olhar, admirar e ter saudades dos dias em que o tempo parou e se tirou a foto.
DEGRAUS
quarta-feira, novembro 15, 2006
E EU..ESTOU AQUI
Estou no meio da sociedade, estou em todo o lado, estamos no mundo, e desejamos encontrar-mo-nos, reencontrar-mo-nos. Será que isso vai acontecer?
A tinta que escorreu das nossas conversas e ficamos enleados no meio de tudo isto, as palavras que parecem não ter sentido e que no fundo são feitas é de sentimentos.
E que nesse dia o nosso reencontro seja como o nosso primeiro encontro.
Entretanto.... EU ESTOU AQUI.
TAKE THE LONG WAY
terça-feira, novembro 14, 2006
ESPAÇOS
sábado, novembro 11, 2006
GHOST BUT NOT BUSTER
Invisivel, meio fantasma, incógnito e despreocupado, tal como todos os outros passageiros, de tal rotineira que a viagem provavelmente já se tornou.
CORTE RADICAL
Aprovado com distinção!
Há lojas assim na baixa, a transpirar a quietude do tempo que passou pelas paredes, sofás e productos que utilizam. Desde o restaurador olex, ao sabão para a barba de bisnaga.
Espaços em que o artesão puxa das credenciais e se exibe com maestria na arte do corte de cabelo, tal como se um chef de cozinha de tratasse.
E regressar a estes espaços, poder ainda ter o bónus de comprar um bilhete de lotaria (não, não se registam Euromilhões), engraxar os sapatos ou saber as últimas dos vizinhos da rua é a verdadeira descoberta da máquina do tempo. Poder ainda ouvir algumas notas soltas de um rádio cujas emissões perdidas no éter julgamos já nem existir dada a proliferação de Cds, Mp3, Ipods e quejandos.
Barbearia Garrett - Rua Ramalho Ortigão
sexta-feira, novembro 10, 2006
LE CHIEN d'ALMADA
Mas o cão assiste a tudo, com o seu cachimbo, como se de um índio se tratasse, fumando o seu cachimbo da paz, elemento conciliador e vaporizador de tantas culturas que por ali se cruzam.
Os estudantes de arquitectura que se orientam para dar um novo respirar a esta artéria em modo de coma consciente, uma das primeiras ruas concebidas de um arrojo quase urbanista na cidade do Porto; as pessoas que buscam nas lojas novas a novidade do retro ou a novidade total e os comerciantes ilustradores da Rua do Almada, conhecedores de todo o tipo de parafusos, ferramentas, perfis, tamanhos ou materiais metálicos.
Mas o cão que fuma continua ali..sempre na moda, sempre cosmopolita e alternativo no menu que apresenta apesar deste não ser renovado há já uns tempos. E num espaço simpático, onde podemos ser contemplados com doses fartas de fotografias tiradas nas faldas do Marão ou nos labirintos de Paris por Pinheiro da Rocha, viajante e fotógrafo autodidacta. Um marco no tempo desta rua que se mantém indiferente a modas ou correntes, aliás é possível cuscar várias discussões quase que tertúlias que por ali passam enquanto se dá ao garfo o prazer de desmanchar tão cuidada apresentação dos pratos.
Mas o Chien tem outro carisma, e deve ser o de tantas outras crianças que por aquela rua passavam e ficavam a magicar… se este cão fuma, porque o do vizinho não?
Hoje a forma de magicar é a mesma, mas abrange alcateias de pessoas robot que se vão passando pela cidade sem notar que há paredes que contam histórias ou certos rebanhos que se debruçam sobre o simples crescer das ervas nos telhados.
quarta-feira, novembro 08, 2006
POR AQUELE ARCO
segunda-feira, novembro 06, 2006
ESSE TIMBRE PARDACENTO...
«Ver-te assim abandonado
nesse timbre pardacento
nesse teu jeito fechado
de quem mói um sentimento
E é sempre a primeira vezem cada regresso a casa
rever-te nessa altivezde milhafre ferido na asa"Cidade altiva, invicta magoada e ferida do abandono em que a deixamos. Dos brilhos dos monumentos cuidados que nos preenchem a vista, e da amnésia em que deixamos caír a essência de ser portuense. Essa bela rotina de tomar um cimbalino, correr de requitó para o autocarro. Comer um prego, beber um fino... Regressemos á cidade, ela está ali para nos abraçar. Olhemos para ela. Vistamos a pele de Hugh Grant em Notting Hill com alguma Julia Roberts desejosa de ser estrangeira na sua propria cidade.... Vale a pena o desafio! Eu tentei... e adorei!
NOTICIAS
De ambos há a recordação dos grandes edificios, fábricas de noticias, empregadoras de economistas, jornalistas, tipógrafos... verdadeiras cidades, a que se assistia ao buscar as fotos nas intermináveis estantes metálicas, ás folhas amareladas em que se redigiam no piano da máquina de escrever histórias dignas de policiais ex. Caso D.Branca), sem as modernices de escutas telefónicas ou computadores apreendidos. As salas dos fotógrafos, em que tudo passava por ali e se aguardava por haver ou nao foto daquele acontecimento.
Depois veio o telex, um dos maiores investimentos feitos em Portugal e cujas salas foram deixadas no vazio com meia duzia de fax.
Como eram fábricas de sons esses edificios, o apitar dos telexes, os mundos sem fins de fita, os reitais de máquinas de escrever... o tocar dos telefones, as cigarradas devoradas, e os jantares que tornavam contornos de tertúlia já num porto fora de horas.
Hoje... está tudo á distância de um clique, fotos, textos, informação... nao a procuramos, ela chega por vezes a procurar-nos.
E as instituições fecharam, os jornais estão prontos á hora de jantar... já não há jornalistas nos bares e nos restaurantes abertos ate fora de horas....
Mas mesmo assim... ainda há quem olhe para as noticias que se mostram pela rua, noticias mudas, em capas cheias de cor e caras em vez das habituais parangonas cantadas pelos ardinas que povoavam a cidade de sacos amarelos ao ombro. Como era bom o Porto dos anos 80.... o tão bom que pode vir a ser o Porto do ano 2000 se todos não nos alhearmos desta memória colectiva.
domingo, novembro 05, 2006
POEMAS NO AR
sexta-feira, novembro 03, 2006
SUDOKU ANALOGICO
A VARIAR
O pão de ló de adoçar a boca, o deleite dos olhos das crianças do bazaar dos três vinténs (hoje Outlet da Zara), a dureza do aço e a elasticidade das borrachas. As bicicletas que já não têm pedal para nós, a garagem que já todos temos em casa.
São pequenos olhares por um comércio que tende a desaparecer, e que mesmo assim, continuam vanguardistas na forma de anunciar. Olhem o Porto com estes olhos, nos simples batentes das portas, nos azulejos, nas caixas do correio, dos contornos dos vidros das janelas. E adocem a boca, não se sintam sem paladar a saborear este Porto que vai rareando infelizmente.
quinta-feira, novembro 02, 2006
OLHAR O TEMPO
As luzes acendem, apagam, os carros aceleram travam viram, mas nós continuamos como se numa montra: estáticos e a ver o tempo passar.